Um grupo de deputados estaduais esteve em Barcarena, na última quinta-feira (26), para ouvir os moradores e comerciantes da Praia do Caripi, onde a erosão já destruiu mais de 300 metros da orla de quase um quilômetro de extensão. Os parlamentares propuseram uma força-tarefa, com diferentes órgãos governamentais, para discutir ações concretas que resolvam um problema considerado antigo.
No começo da reunião, os deputados Renato Ogawa (PR), Carlos Bordalo (PT), Soldado Tércio (Pros) e Antônio Tonheiro (PPL) receberam uma carta da Associação dos Moradores do Caripi, com um pedido de ajuda para resolver o problema na praia. O documento também foi entregue ao prefeito do município, Antônio Carlos Vilaça, que participou do encontro.
Na carta, a associação informa que a erosão no balneário já destruiu cinco estabelecimentos comerciais e que outros 20 estão em situação de risco. “Estamos enfrentando dificuldades para sobreviver”, disse o presidente da Associação dos Moradores, Antônio Brito Almeida, que cobrou do poder público uma solução definitiva para resolver a situação.
O deputado Renato Ogawa, que tomou a iniciativa de convidar os parlamentares para a reunião, adiantou que, na próxima semana, vai procurar o governo do estado para pedir apoio nas ações de recuperação do balneário. “O Caripi não é só de Barcarena, mas de todo o Pará”, disse Ogawa. “Vou procurar a Secretaria de Obras para ver de que forma o governo estadual pode ser parceiro do município”.
Já o deputado Carlos Bordalo sugeriu uma reunião de trabalho para levar o problema da erosão do Caripi ao conhecimento dos demais deputados na Alepa. A reunião ficou marcada para a próxima sexta-feira, dia 6 de março. Uma comitiva de Barcarena, formada por moradores e comerciantes, deve acompanhar a reunião em Belém.
EMERGÊNCIA
Durante a reunião com os deputados, a prefeitura de Barcarena apresentou um projeto emergencial para solucionar, temporariamente, a erosão na Praia do Caripi. O projeto está avaliado em R$ 680 mil reais, mas vai precisar de parcerias para ser executado. A associação que reúne as grandes empresas instaladas no município está disposta a colaborar com o governo municipal.
O prefeito Antônio Carlos Vilaça tentou tranquilizar os comunitários. Disse que vai visitar as obras emergenciais e que o governo local vai realizar a terceira ação paliativa de seu governo para conter a água da maré. Vilaça disse ainda que já mandou para o governo federal o Projeto Orla para recuperar não apenas o Caripi, mas outros pontos do município que passam pelo mesmo problema.
Só para o Caripi, os recursos necessários para realizar a obra de contenção da água são de quase 10 milhões de reis. A prefeitura afirma que não tem capacidade financeira para fazer esse investimento sozinho. “Estou há 25 anos nesse município e nunca vi nenhum projeto ser enviado para o governo federal para melhorar a orla do Caripi”, finalizou o prefeito.
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